Meu corpo não é quente
Também não está frio
Apenas está morno
Tento olhar à frente
Mas o nada acabo vendo
Uma lagrima cai-me
Solitária ela seca umedecendo
A morna e talvez morta
Pele, que já não totalmente sinto
Meu corpo é lento de respostas tardias
A vida não é um jardim
Florido, perfumado e belo
O jardim esta morto
A vida ali não mais floresce
Apenas decompõe-se
Levando consigo suas fétidas alegrias
Tornando o mundo mais feliz
A felicidade é o fim da vida
É a morte que chega
Mas apenas elucida a ferida
Permanentemente aberta
Pelo viver e conviver com a paralisia
Que a vida nos leva atirando-nos
Ao abismo do não saber
Ou a glória permanente de aprender
Sou feliz e quero a felicidade