O silêncio

É liquido sanguíneo
É o fogo ascendente
O sangue que afaga
O fogo que se apaga
É o beijo da amada
Desejo beija-la, senti-la
A quero em mim
E a quero para mim
Observo sua passagem
Vaga, livre, bela e fagueira
Ao seu passo, nunca indiferença
Sua sempre aguardada presença
Seu perfume inigualável
Leve, límpida e certeira
Quanto bela tu és
Quero a ti presentear
A minha tão sone e torpe vida
Sei que muito não é
No momento é o que tenho para ti
Coloco-a em tuas mãos
E deixo que a leve
Além da lenda o sonho é poente
Quero beijar-te a noite
Dormir em te o tão sonhado
Belo e continuo sono
Não desejo nele sonhar
Nem tão pouco dele acordar
Estar em ti é a realização
Do mais belo e profundo sonho
Ao acordares, leve-me contigo
Estarei de olhos vendados
Quero tua voz ao fundo
Embalando minha ida
Quero embeber-me em tua face
E em teus braços sentir
O seu tique suave
O embalar tranquilo de uma primavera
O cair sereno de uma tarde fria
Um último e límpido pôr-do-sol
O beijo lúgubre da noite
Até nada mais fazer sentido.




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